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O perfil bíblico para pastores e obreiros

Um parente meu (que não é protestante), numa tirada que achou ser cômica em determinada rede social, escreveu aos amigos e seguidores:


"Em qual pastor você confia mais?"


E nas opções, uma montagem com a foto de três pastores midiáticos e um cão da raça “pastor alemão”.


É engraçado não é?

Não querido! É lamentável, vergonhoso e faz a gente se aborrecer.


Infelizmente, por conta de infindáveis pedidos de contribuição financeira na TV, ganância, hipocrisia, disputa pelo controle de fiéis e tantas outras práticas entre os que se dizem “ungidos do Senhor”, o título ministerial de “pastor, bispo e apóstolo” tornou-se motivo de piada. É verdade que tal generalização é injusta (pois graças à Deus ainda há homens e mulheres fiéis), mas o estrago de credibilidade já está feito e o escárnio público já foi deflagrado contra nós.


Em meio a tantos deboches, críticas e vitupérios – nossa referência de perfil pastoral deve ser a Palavra de Deus. Precisamos combater “obreiros” que mancham o Evangelho com mau testemunho. Devemos confrontar os que arrotam autoridade eclesiástica e espiritual sobre quem quer que seja a serem avaliados nos critérios das epístolas pastorais, como por exemplo:


Ter o perfil moral e social de Tito 1:6-8:

1. Irrepreensível;

2. Marido de uma só mulher;

3. Ter filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão;

4. Não orgulhoso;

5. Não briguento;

6. Não apegado ao vinho;

7. Não violento;

8. Nem ávido por lucro desonesto;

9. Hospitaleiro;

10. Amigo do bem;

11. Sensato;

12. Justo;

13. Consagrado;

14. Domínio próprio

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Ter o domínio e a capacidade de atuar nas quatro áreas de Tito 1.9:

1. Apegar-se firmemente à mensagem fiel (ortodoxia);

2. Da maneira como foi ensinada (exegética);

3. Para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina (homilética e didática);

4. E de refutar os que se opõem a ela (apologética).


Saber aplicar o manual fundamental do ministério cristão:

2 Tm 3:16-17 – Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir (responder), para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

Rm 15:4 – Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.


Ser perseverante na apresentação das doutrinas bíblicas e em seu aprofundamento:

1 Tm 4:13,15,16 – Persiste em ler, exortar e ensinar […]. Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

2 Tm 2:15 – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

2 Tm 4:2 – Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.

Tt 2:7 – Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade.


Apresentar o evangelho considerando seus dons e deveres:

Tt 2:11-15 – Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.


1º Deve apresentar o favor de Deus. A sua graça;

2º Deve ser extensiva. A todos os homens;

3º Deve confrontar os pecadores. Renúncia do mundo e da carne;

4º Deve apelar à prática da Palavra de Deus;

5º Deve ser confortante e expectativa. Esperança e o aparecimento de Cristo;

6º Deve ser Cristocêntrica. Deu-se a si mesmo por nós;

7º Deve purificar e conduzir a santificação;

8º Deve forjar o perfil e ações do povo de Deus. Povo seu, especial, zeloso e de boas obras.


Finalizo esta breve reflexão, considerando que se o obreiro não têm o perfil bíblico retratado nos textos acima – não pode exercer o ministério cristão. Nosso maior problema é que pelo nosso comodismo e complacência nos contentamos com gente desqualificada, presidindo igrejas e fazendo bobagens – e aí uma parcela da sociedade faz o nivelamento só para baixo.



O autor

Silvio mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; é professor de teologia e profissional da área de marketing digital. É membro do conselho editorial da revista Seara News. Contribui como colunista em outros portais evangélicos e é palestrante em escolas bíblicas realizadas. Escreve também para o seu blog Cristão Capixaba.

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